O Poder da Música

Já perceberam o quanto uma música pode "mexer" com a gente? E o quanto o estilo de música que estamos ouvindo revela o nosso estado de espírito em um determinado momento?
Se o clima é de romance, são as canções de amor que nos embalam; se um churrasco é montado, a trilha, na certa, é um bom sambinha, um pagode; há quem opte pelo bom e velho forrózinho quando o assunto é a azaração (pelo menos aqui no Nordeste); se é carnaval, só se fala em axé music. Enfim, independente do ritmo, sempre existe uma canção para expressar nossa emoção.
O curioso é que não é de hoje que isso acontece. Não há vestígios arqueológicos que comprovem, mas muitos estudiosos afirmas que a arte de extrair sons de instrumentos, nasceu ainda na pré-história. Os mesmos crêem nessa possibilidade ao comparar o homem da idade da pedra com os indígenas brasileiros, os quais produziam música em caráter religioso ou ritualístico, batiam as mãos e os pés em agradecimento aos deuses.
Os tempos se passaram, mais e mais instrumentos foram criados, outros estilos surgiram bem como os papéis que essa manifestação cultural passou a exercer. Seja no campo da educação em geral, no campo ligado ao trabalho, na medicina, nas relações inter-humanas ou na terapia e reabilitação humana, a música aplicada, pode, dentro da sociedade, desenvolver e intensificar vários setores de atividades. Um exemplo são as letras ditas "de protesto" dos rappers que vêm para dar voz, principalmente aos que vivem nas dificuldades das favelas brasileiras.
Como entretenimento, as composições (já não tão poéticas asssim) são ouvidas nos mais variados ritmos e com títulos que geram duplo-sentido. Chegam a ser absurdos, mas, como não estamos na época da ditadura, quando vários de nossos bons músicos foram CENSURADOS, aqueles que gostam e até mesmo os que não gostam, são "obrigados" a ouvir "Chupa que é de uva" ou "Senta que é de menta" ou ainda "Créu!". (Ai, ai...). As trilhas que escutamos nas novelas e filmes também nos entretém. É impressionante como, mesmo não estando assistindo às cenas, ao ouvir "Pretty women", por exemplo, ou "Oceano", é como se estivésemos vendo Julia Roberts e Richard Gere em "Uma Linda Mulher" ou cenas dos personagens de Malu Mader e Taumaturgo Ferreira em Top Model"(essa é antiga).
Enfim, o mesmo acontece com nós mesmos. Basta ouvirmos músicas de uma determinada fase em nossas vidas, pronto! É como se o "automático" fosse ligado em nós e o um filmezinho começa a passar por nossa mente, fazendo-nos recordar bons e/ou maus momentos, períodos da infância, adolescência ou até mesmo, momentos recentes...
É como Victor Hugo disse certa vez:

"A música está em tudo. Do mundo sai um hino."

Belas e sábias palavras.

Por Micarla Souza.