domingo, 3 de agosto de 2008

S o l i d ã o.




Motivo de tantas inspirações, triunfo poético, revoluções...
Há quem a queira por necessidade, há quem convive com ela por liberdade e há quem não quisesse de modo algum, mas ela está por ali, rodeando pensamentos, sonhos.
Viver isolado, se esquivar dos outros já não é tão somente questão de desejo. Tem-se um mundo dentro de cada pessoa, em muitas pessoas esse mundo está fechado para descobertas, elas nem sempre querem dar brecha a certas luzes. Pode ser por medo, depressão – doença comum, dos humanos modernos.

“Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável; quando somos abandonados por nós mesmos, a solidão é quase incurável.”
(Augusto Cury)

Quando se escolhe ser só, e vive-se feliz consigo mesmo. Isso só basta.
Em outros casos há centenas de pessoas em sua volta e isso só não basta.
Falta alguma coisa que venha povoar seu vazio, dar sentido à vida, acender a luz da sua escuridão.
E se se está cheio de si mesmo. A solução é morrer, como muitos preferem?
Jamais!

“Viver e não ter a vergonha de ser feliz!”

Solidão tem diversas formas. Tem uma que gosta de andar de mãos dadas com a saudade... Conversam sobre tristeza, arrependimentos dos atos, das palavras, de um amor desperdiçado.
Sente-se saudade de alguém, de algo, de um lugar feliz.


Solidão pode ser boa?
Lembrando Clarice Lispector, ela nos presenteou dizendo: "E ninguém sou eu, e ninguém é você. Esta é a solidão".
Talvez o lado interessante de ser solitário está no prazer da companhia de você mesmo, do seu consciente buscando respostas, significados.
A reflexão em seus desejos profundos de rever o eu interior que não entende nada, desconhece muito do seu íntimo ser. Nestes momentos chamas reacendem, vêm novos sentidos.

Que a solidão não seja sua casa, que ela seja apenas um refúgio esporádico pra você visitar de vez em quando...
Eu aqui povoada de boas presenças, reforço que a felicidade é o bálsamo que todos merecem carregar consigo. Seja no escuro da sua solidão preterida, seja entre todos que você escolheu levar consigo em seu caminho e que ele seja de muitas flores!
Por Leide Franco.

Um comentário:

Rony Mathias disse...

Confesso que morro de medo da solidão.
Não gosto de me sentir sozinho. Me sinto frágil, desprotegido, carente quando me sinto solitário, porém, a solidão que mais me atemoriza, é aquela que sinto no meio de muita gente.
Nem sempre estar só, quer dizer estar solitário, assim como, o fato de se cercar de pessoas não te garante companhia.
às vezes, o simples fato de lembrar de alguém especial, de quem gostamos muito, nos traz essa pessoa pra juntinho do nosso coração e isso, não tem preço.