domingo, 3 de agosto de 2008

Traição. Fim do amor?


Certa vez assistindo ao filme brasileiro, chamado Trair, Coçar É Só Começar, vi claramente a facilidade que as pessoas têm de manter relações extraconjugais e de como a falta de respeito cresce entre elas.
Esse tema carrega uma grande parcela de controvérsias na humanidade, em seus diversos tempos. Também passa pela questão cultural e religiosa dos povos, chega a ser fundamental em países mulçumanos e, em outros do ocidente, o traidor pode até ser preso, caso tenha transmitido algum tipo de doença via sexo para o parceiro (a).


Quais motivos podem desencadear uma traição?
É por sentimento ou não vai além de uma simples atração física, da vontade de realizar um desejo que normalmente não é realizado?

Dizem que só trai quem não ama. Verdade?

Já ouvi depoimentos de pessoas dizendo que “morriam” de amores pela sua esposa (o) e, no entanto “pulavam a cerca” alegando que apenas se divertiam, saiam um pouco da rotina e que, além disso, o risco que a aventura lhes proporcionava dava uma dose maior de excitação à vida.
Na realidade, em todo caso de traição há culpado ou culpados. Seja a falta de assistência por um deles; isso englobando inúmeros detalhes que a vida a dois necessita no tocante cuidar, preservar, e principalmente ao que se refere ao sexo, onde os dois se sintam realizados; seja também na falta de caráter peculiar a um deles e muita vezes aos dois. Boa índole nem sempre está para todos.

Mas existem motivos para sermos levados a trair?

No caso do homem, muitas vezes, o fato de trair está ligado a alimentação do ego masculino. Sendo assim, o homem que tem mais de uma mulher, no universo machista, é considerado o “gostosão”, aquele que tem propriedade e boas técnicas para “pegar” todas que quiser.
Porém, a traição em alguns casos é uma conseqüência daquilo que o casal vive de ruim, como brigas sem grandes motivos e freqüentes, ciúme excessivo, falta de amor próprio ligado ao cuidado pessoal, entre outras coisas que acabam fulminando qualquer tentativa de relacionamento feliz.

E a mulher, por que trai?

A melhor resposta talvez seja a falta do que ela deveria usufruir oferecido pelo seu companheiro.
A busca pelo príncipe encanto ainda é comum entre as mulheres. Elas querem homens inteligentes, educados, românticos e bonitos. Mas o mais importante é o tratamento dispensado a elas.
A cortesia masculina ligada ao romantismo é uma dupla fortíssima na conquista diária do coração de uma mulher. Não apenas palavras, atitudes também!
Não é qualquer mulher que consegue levar numa boa o fato de dupla jornada de trabalho, filhos querendo incessantemente seu amor e marido que não tenta compreender que nenhuma mulher, apesar da sua força, não é de ferro. Mulher quer amor recíproco, presente.
Quando esses detalhes são esquecidos por simples desinteresse, a tendência natural é continuar a busca das realizações dos seus sonhos e quando há a oportunidade de concretizá-los, a traição aparece.
Portanto, nem sempre é assim. Tem mulher que trai por trair, para também alimentar o ego, o prazer de se auto-afirmar poderosa. São papéis invertidos nos mostrando a independência que a mulher tem conquistado nos últimos anos.
O psicólogo Aílton Amélio, autor de Para Viver um Grande Amor, nos ajuda a entender a questão ao citar um fator importante: a gravidez. "O custo da traição é maior para a mulher, ela pode engravidar. São nove meses de gestação e após o nascimento da criança, todas as conseqüências que ela traz fazendo mudar a vida da mulher.


Com motivo ou não para trair, vale salientar que a dignidade deve estar sempre em primeiro lugar e sem resquícios de dúvida o respeito pela a outra pessoa que um dia despertou algo bom em você.
A partir do momento que há “brechas” em um relacionamento para uma terceira pessoa, deve ser considerado que algo está errado e que a correção desses defeitos depende de diálogos e ações na tentativa de repará-los, caso não haja acordo, entendimentos, está na hora de cada um procurar o que realmente o faz feliz em outros caminhos.
E no caso onde há filho (s), é imprescindível lembrar que a separação é entre o homem e a mulher, jamais deve acontecer entre pai e mãe. Estes precisam estar conscientes de suas funções para o bem-estar dos pequenos.

Já que o que importa mesmo nessa vida é ser feliz!



Leide Franco.

Um comentário:

Rony Mathias disse...

Belíssimo texto! Como sempre, por sinal. Concordo com quase tudo o que vc escreveu e posso afirmar que os índices de traição feminina não cresceram tanto o quanto algumas pessoas pensam. na verdade, elas apenas assumem mais o fato. Antes a pressão da sociedade era monstruosa, sobre as mulheres que traíam seus parceiros. Hoje ainda existe, porém em menor escala!