Ao atingir um leque amplo, o significado de liberdade tem expressões plurais: soltar-se das amarras que prendem seus passos, atos; livrar-se de alguém que lhe segura pelas idéias, sentimentos frívolos, possuidor.
A liberdade da qual quero escrever é a liberdade escolha, é da posição que alguns indivíduos pegam para si e a toma como filosofia de vida: “ser só, solteiro”.
O que levam pessoas inteligentes, resolvidas, bonitas, entre outros bons adjetivos, escolher viver uma vida isenta de parceria, namoro declarado?
Enquanto uns vêm para somar, outros subtraem. O medo talvez more nesse ponto crítico de atitudes particulares. Uma escolha dessas geralmente é feita por alguém que já sofreu na própria pele e sentiu o quanto é dolorosa uma decepção amorosa.
Aquele que gosta de não ter alguém sempre por perto, aquele que foge do compromisso, se cansa um dia de ter deixado de compartilhar certas experiências a dois?
Na vida mais madura, o arrependimento pode vir pelo que deixou de desfrutar, aprender com as dores, também.
Porém o desejo de liberdade que há dentro de cada um tem um ponto comum: a busca por uma tal felicidade. A razão para explicar que nem sempre é preciso estar com alguém pra se sentir acompanhado, diz o velho clichê.
Já ouvi dizer que estar solteiro abre oportunidades infinitas de conhecer novas pessoas e se deixar levar pelo prazer que isso traz para vida como a individualidade, a falta de presilhas sentimentais, de laços afetivos que um relacionamento firmado pode proporcionar e claro, a falta de cumplicidade, a não aceitação de como o outro é em sua essência e o não companheirismo, detalhes que quando positivos são fundamentais para um convívio feliz a dois, que por muitas vezes são esquecidos.
Será mesmo que como disse o poeta é impossível ser feliz sozinho?